Resposta da Patrícia ao Desafio XII
Vício em parcimônia
Sacrifício e cerimônia
Avaro. Não-raro
Resposta B
Alguns me consideram de má índole. Dizem que cometo um pecado capital. Reles infâmia. Apenas não tolero o desperdício e a fartura me dá engulhos. Frugal, esse é o modo de vida que considero ideal.
Creio no valor do trabalho duro. Sacrifício e parcimônia, assim se vai ao longe. Acusam-me de certo teor masoquista em meu comportamento. Pode até ser, quem sabe? Talvez no fundo eu não me considere uma pessoa digna de aproveitar os bens materiais e me inflija esta vida de contenção e controle. Como se não merecesse ser feliz.
Se sou feliz? Apesar do que acabei de dizer, sim, é claro que sou. Não conseguiria viver de outra forma. Não estou guardando dinheiro para o futuro. Apenas não acho necessário ter mais do que preciso. Poupa preocupações.
Também economizo sentimentos. Não que não os tenha. Apenas os guardo em meu íntimo. Acumulando-os, talvez, para melhor compreendê-los. Dispenso compartilhar bens e idéias. Encastelo-me. Mantenho os diálogos ao nível do instrumental. Sem floreios.
Jamais barroco. Sempre minimalista. Não aos épicos, prefiro hai-cais. Conto ao romance. Cinema? Sem chance. Muito caro, muita gente. Por sinal, não sou de púlpito ou palanque. Diante de público, fico estanque.
Parcas palavras conseguem me definir. Precisão. Perfeição. É isso, então. Este colóquio está bom, mas o esforço se faz perdulário. Jogamos conversa fora (inadmissível!). Já perdemos muito tempo. E, como se sabe, tempo é dinheiro.
Conteúdo do Envelope: Um pedaço de papel pequeno, com a seguinte mensagem: Se você foi a infelizarda que me sorteou, saiba que não é do meu feitio gastar palavras. Tampouco gastar espaço. Na verdade, creio que esse "sorteio não-ortodoxo" é mais um desperdício de tempo e de paciência em nome de uma masturbação criativóide. Vê? O espaço do papel já se esgota. Mais do que suficiente. Não vejo sentido em gastar um papel maior com palavras perdulárias...
9 Comentários:
necessário mesmo essas palavras difíceis??? erudição nem sempre é talento!!!
Eu podia perder meu tempo espinafrando o anônimo, mas o pecado da vez é a avareza, e eu é que não vou gastar saliva. XD
Um "exatamente, Aline" já basta.
Oba, meu primeiro hate-comment! Sabe como é, unanimidade burra, etc e tal. :D
Brincadeiras à parte, críticas são bem-vindas! Se fossem identificadas, melhor. Facilitaria a troca de idéias.
Ei, eu vou defender nosso(a) amigo(a) anômino(a)!
Concordo com ele (ou ela?), erudição nem sempre é talento. Mas eu gostaria mtíssimo que ele (ou ela) se identificasse, até msm p/ dizer aonde ele encontrou as palavras difíceis e p/ apresentar sugestões tbm e tal. Críticas são bem-vindas, concordo tbm com a Patita!
Bjs p/ todas (ou todos?)
Oi gente, sou eu, Natalia Weber, dona do comentário anônimo!!!
Tudo bem galera? Ooooiii... Sou amiga da Mari e da Pri, conheci a Paty ontem, na dinãmica da Claro... nem lembrava que era dela o texto que eu comentei, né?
Gente eu num sou acostumada com mecanismos do "blogger", não tenho senha, login, etc...
Oi, Paty, ó, foi mau a não-identificação... é que eu li o texto e realmente achei muito rebuscado, acho que não rolou a interação comunicador-receptor, sacou?? hauahauhauhauhauah
A Mari me ensinou por MSN a usar o campo "outro"!!!
Oba!!! E viva a Natália!!! Bem vinda ao blog, moça!
Ahá! Esclarecido o mistério do anônimo, que é anônima! Bem-vinda ao blog, moça!
Quanto à identificação emissor-receptor, tudo bem. Nem sempre ela acontece. Eu gosto de desencavar palavras bonitas quando escrevo, mania mesmo. Se você vir os meus poemas então, vai querer me esganar... :))))
...
Tudo bem, está perdoada. Mas da próxima vez que você encontrar qualquer erro num texto nosso, saiba que serei cruel! Afinal, as Trovadoras são absolutamente perfeitas e não erram NUNCA. *Sarcastic Tone: Off*
Enfim. Tudo bem criticar, moça! É que eu tenho neuras com comentários anônimos, mesmo. XD
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