Resposta da Patrícia ao Desafio XIV
Epifania
No instante inaudito
O tempo se expande, infinito
O espaço se contrai, exíguo
E os músculos se retesam, ambíguos
O corpo reage: lutar ou fugir?
Mas logo descobre não ter pra onde ir
Desalento, solidão, torpor e agonia
Levam a essa macabra epifania
Inerte, rendido, está tudo perdido
E a boca só emite o estranho ruído
Aflito, contrito, diante do perigo
Só o que me resta é o alívio de um grito
No instante inaudito
O tempo se expande, infinito
O espaço se contrai, exíguo
E os músculos se retesam, ambíguos
O corpo reage: lutar ou fugir?
Mas logo descobre não ter pra onde ir
Desalento, solidão, torpor e agonia
Levam a essa macabra epifania
Inerte, rendido, está tudo perdido
E a boca só emite o estranho ruído
Aflito, contrito, diante do perigo
Só o que me resta é o alívio de um grito
4 Comentários:
Quer uma crítica? Acho que nesse teu poema cabia o emprego de pontos. Uma exclamaçãozinha no fim, talvez?
(E eu gosto de "epifania". É uma daquelas palavras que a gente espera sempre o melhor momento pra usar. XD)
Pontos? Taí, nem tinha pensado neles. Ou mesmo no valor dos sinais de pontuação num poema. Já exclamação me faz torcer o nariz em qualquer lugar que não seja o MSN, nem sei bem o motivo. Talvez porque me lembra manchete de jornal velho... ;D
Meu problema com esse poema também tem a ver com pontuação: vírgulas demais. São palavras soltas, falta uma coesão. Mas a idéia é picaretamente boa. :)
"Entre a picaretagem e a genialidade". Definição fantástica, Patita, e acho que você ficou do lado certo da linha. XD
E sabe que, até que concordo com a coisa da pontuação - ainda que ache um ponto final mais pertinente que uma exclamação, no último verso. Sei lá, me parece... Desesperançoso demais. XD
Wait a minute. Desespero me pede uma exclamação e Desejo quer um final desesperançado? Algo tá invertido aí... :)
(E tô achando que a coisa da pontuação faria mesmo sentido no poema)
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