2.9.06

Resposta da Patrícia ao Desafio XIV

Epifania

No instante inaudito
O tempo se expande, infinito
O espaço se contrai, exíguo
E os músculos se retesam, ambíguos

O corpo reage: lutar ou fugir?
Mas logo descobre não ter pra onde ir
Desalento, solidão, torpor e agonia
Levam a essa macabra epifania

Inerte, rendido, está tudo perdido
E a boca só emite o estranho ruído
Aflito, contrito, diante do perigo
Só o que me resta é o alívio de um grito

4 Comentários:

Blogger Aline Brandão disse:

Quer uma crítica? Acho que nesse teu poema cabia o emprego de pontos. Uma exclamaçãozinha no fim, talvez?

(E eu gosto de "epifania". É uma daquelas palavras que a gente espera sempre o melhor momento pra usar. XD)

9/04/2006 5:21 PM  
Blogger Paty disse:

Pontos? Taí, nem tinha pensado neles. Ou mesmo no valor dos sinais de pontuação num poema. Já exclamação me faz torcer o nariz em qualquer lugar que não seja o MSN, nem sei bem o motivo. Talvez porque me lembra manchete de jornal velho... ;D

Meu problema com esse poema também tem a ver com pontuação: vírgulas demais. São palavras soltas, falta uma coesão. Mas a idéia é picaretamente boa. :)

9/04/2006 8:49 PM  
Blogger L. disse:

"Entre a picaretagem e a genialidade". Definição fantástica, Patita, e acho que você ficou do lado certo da linha. XD

E sabe que, até que concordo com a coisa da pontuação - ainda que ache um ponto final mais pertinente que uma exclamação, no último verso. Sei lá, me parece... Desesperançoso demais. XD

9/12/2006 3:55 PM  
Blogger Paty disse:

Wait a minute. Desespero me pede uma exclamação e Desejo quer um final desesperançado? Algo tá invertido aí... :)

(E tô achando que a coisa da pontuação faria mesmo sentido no poema)

9/13/2006 6:06 PM  

Postar um comentário

<< Home